domingo, 11 de janeiro de 2015

BOLETIM 11.01.2015

Retomando pra valer com a nossa conversa e parafraseando o amigo Humberto de Campos - falando de jangada que é pau que aboia. Os confins da Europa mais uma vez trazendo som que valha a pena ser ouvido com o segundo álbum da banda sueca Spiders: Shake Electric. O pessoal faz o que eu chamo de Rock and Roll, mas já andam apelidando de retro-metal. PQP, aonde vamos parar com tanta rotulagem, só tentando dar uma identidade nova a um negócio que existe há tempos?!?!? Mas enfim, é pauleira no melhor estilo das origens do velho e bom heavy metal que nós acompanhamos da ascensão à queda. Os vocais ficam a cargo de uma moça chamada Ann-Sofie Hoyles e os acordes passam muito longe da frieza característica daquelas bandas de cima do velho continente. Resta ouvir e confirmar o quanto é bom. Segue no link.



Ritchie Kotzen dando um tempo nas aventuras com os Winery Dogs Mike Portnoy e Billy Sheehan, trazendo seu disco solo chamado Cannibals, depois de quase quatro anos sem fazer nada sozinho. Saindo em viagem neste fim de semana, peguei o material novo pra ir atualizando e que boa surpresa. A primeira escolha foi esse do Kotzen e na mosca, bom disco, com variantes na medida de sons leves e bem legais com destaque para as canções In A Instant, The Enemy... E You, que por si só já valeria o álbum. Segue no link.



Como dizem que o melhor fica pro final, vamos lá: mais uma vez da Suécia, desta vez na seara progressiva - Beardfish e o seu oitavo disco chamado + 4626 - Confort Zone. Bicho... Discão, as músicas vão seguindo e a cada uma delas a confirmação da impressão deixada pela anterior. Sem demérito a nenhuma das canções, mas a faixa título já diz a que o disco veio. Os vocais de Rikard Sjöblom encaixam como uma luva no som gerado pelo guitarrista David Zackrisson, o baixista Robert Hansen e o baterista Magnus Östgren. Indispensável dizer o quanto tocam esses caras, juntos praticamente desde o princípio em 2001. Mais um pros arquivos que segue no link pro drive.



No revival de hoje, não poderia haver fato mais importante a ser lembrado que o início do Rock In Rio em sua primeira edição de 1985. Portanto vamos aí com trinta anos do verdadeiro petardo que foi disparado no Brasil naquele 11 de janeiro e seguiria até o dia 20 do mesmo mês. Na noite da abertura imagino o osso que foi pro pessoal aturar Ney Matogrosso, Erasmo Carlos e Pepeu & Baby à espera do que viria com Whitesnake, Iron Maiden e Queen! Não deve ter sido fácil. Para nós fãs de Rock and Roll, acompanhar toda aquela movimentação no nosso país foi incrível, afinal éramos adolescentes e aqueles sons do Iron Maiden, Queen, Whitesnake, Ozzy Osbourne, Genesis, Yes, AC-DC, Scorpions já nos acompanhavam há um tempo. De quebra ainda teve uns babados que rolavam na época como B-52's, Go-Go's, Nina Hagen, Blitz, Lulu Santos, Barão Vermelho, Rita Lee, Paralamas do Sucesso, Kid Abelha... E as inexplicáveis participações de Elba Ramalho, Moraes Moreira, Gilberto Gil, Alceu Valença, Erasmo Carlos, Ney Matogrosso, Baby Consuelo & Pepeu Gomes e Eduardo Dusek. É que o pessoal geralmente confunde show de rock aqui no BR com festival de world music. Houve também o soft de Al Jarreau, George Benson, James Taylor, Rod Stewart e Ivan Lins. Mas enfim, foi muito legal e valeu demais. Taí, 30 anos do primeiro Rock In Rio no Brasil.



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4 comentários:

  1. Eu fui... Apesar de ter o passaporte para os 10 dias, fui a 7. Claro que não dava para ver todos os shows do dia... Música também é uma questão de etapa da vida... Aos quase 20 anos de idade, eu preferi ver shows que hoje não veria, e hoje eu veria alguns que não vi naquela época... Evolução? Não diria isso, não em tom presunçoso, mas como algo da natureza de cada indivíduo... Penso que a música é a trilha da vida... Se a vida fica meio estagnada, a trilha também fica... Se a vida varia, a trilha varia... Mas há algo que não varia em minha vida: ter pedido demissão do banco onde eu trabalhava para ir ao RIR 1985, foi uma grande atitude que tomei na minha juventude, e o RIR é portanto um marco rock divisório em minha vida... Porque rock é muito mais que um simples estilo musical... Rock é uma forma de encarar a vida, é realmente uma postura! Ser rock é ter a atitude de ser um agente libertário para si e para a coletividade... Ser rock é ser aberto a qualquer boa música... Ser rock é ser roll...

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  2. É tio Eugênio, com exceção dos cativos, certamente não trocaria um George Benson e Al Jarreau, por um ou outro que vi pela tv na época.

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