sábado, 19 de setembro de 2015

BOLETIM 19.09.2015!!!

A pauta de hoje não podia ser outra senão o show do Queen em sua passagem pelo Rock in Rio. Eu havia checado algumas apresentações da velha rainha com o Lambert e até então, o olhar arrastando a referência pra Freddie Mercury, não deixava o cara descer redondo. Querendo dar uma chance pro rapaz fiquei de plantão ontem à noite até as doze badaladas pra ver como o garoto ia se sair na apresentação. Abrindo um aparte e sobre essa espera até a head liner, tive a infelicidade de ver algumas coisas que beiraram o pastelão e que só rolam por aqui. A principal delas, sem dúvidas, foi uma homenagem à Cássia Eller, com uma chapada em ação (Martinália). Essa senhora fez do palco um verdadeiro picadeiro, nos brindando ao final com um desfile de seus seios e nesse fechamento a rapaziada levou até um sambinha. Mania que brasileiro tem de transformar um festival de rock em show de world music. Realmente encontrar algum país que numa circunstância dessas tenta empurrar seus ritmos típicos, não é fácil. Mas enfim, voltando ao Queen, quando a apresentação começou com One Vision, pensei que minhas suspeitas seriam confirmadas, mas o bicho desenrolou e quando fechou o primeiro módulo com Killer Queen já tinha a plateia na mão! Existem umas coisas básicas que considero para um bom vocalista: boa voz, teatralidade e uma dose de extravagância. Adam Lambert, à margem Fred Mercury, não é que deu conta?!?!?!? Até então, todas as outras configurações da banda depois da passagem de Mercury, tinham cara de tributo, mas com Adam e seus picos vocais, alguma marca é impressa nas interpretações. Beleza! May e Taylor as figuraças de sempre, que são em verdade, os responsáveis pela identificação do som do grupo com sua guitarra e bateria inconfundíveis, tendo em suas presenças a garantia de festa na certa. Bom demais, show equilibrado... Um pouco pra May, outro pouco pra Taylor, inserções de imagens e voz de Freddie nos momentos certos... Sem deixar de lembrar da ausência de Deacon, que sempre deu conta das quatro cordas brilhantemente e agora parece estar mais na dele do que nunca. É isso aí, como sempre temos que ir buscar água na velha fonte e um show desses realmente nos energiza, lembrando dos tempos de audições incontáveis dos álbuns da banda e de tantas músicas e músicos tatuados em nossas mentes.


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Um comentário:

  1. Concordo plenamente. Acho que todos respeitaram o seu lugar no show, sem exageros ou imitações. Com destaque para love of my life e Bohemian Rhapsody. Não dá pra trazer o Fred M. de volta!

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